sexta-feira, março 28

Resposta ao tempo





















Batidas na porta da frente
E o tempo
Eu bebo um pouquinho pra ter
O argumento
Mas fico sem jeito calada ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei
Por que sabe passar e eu não sei
Num dia azul de verão
Sinto o vento
Há folhas no meu coração
E o tempo
Recordo o amor que perdi ele ri
Diz que somos iguais se eu notei
Pois não sabe ficar
E eu também não sei
E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro
Sozinhos
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
E o tempo se rói com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Pra tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso ele não vai poder
Me esquecer
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
E o tempo se rói com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que nao soube amadurecer
Eu posso ele não vai poder
Me esquecer
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso ele não vai poder
Me esquecer

(Aldir Blanck)


2 comentários:

Si disse...

Cala-te, a luz arde entre os lábios,
e o amor não contempla, sempre
o amor procura, tacteia no escuro,
essa perna é tua?, esse braço?,
subo por ti de ramo em ramo,
respiro rente à tua boca,
abre-se a alma à lingua, morreria
agora se mo pedisses, dorme,
nunca o amor foi fácil, nunca,
também a terra morre.

Eugénio de Andrade

Foto:Stanmarek

Unknown disse...

=(

pq nao responde email?!

e nem atende telefone?!

pq nao me escreve mais?!

to com saudades!

quero vc nene!

me escreve...

:(