Era uma noite calma como uma sexta feira,
seu cabelo balançava enquanto os ventos do leste tocavam sua face,
seus olhos cheios de sofrimentos e incertezas,
atentos a cada movimento das estrelas de sua sagrada constelação,
Seu cheiro de paixão e seu perfume de cereja sufocavam o ar,
sua aura pálida e desperançosa de amor e caridade,
sua doce solidão e prisão,
Caminhava em direção a multidão lançando olhares vazios,
seu nojo do mundo e sua falsa satisfação,
sobre a lama na grama largou sua bolsa,
o bafo do álcool para afastar supostas paixões,
ela testava as pessoas a seu redor,
Seus olhos e seu velho vestido florido,
suas velhas mentiras e falsas amigas,
doze badaladas no relógio da velha igreja,
como uma mudança de ventos que precede a tempestade,
sua aura muda repentinamente,
Os olhos pousam sobre cada manequim na vitrine que era a praça,
cada produto cada roupa cada coração partido,
ela procura ela espera aparecer,
até que seus olhos se desviam para ele,
Seria o cheiro?
Seria a aparência?
Seria o olhar vazio?
Não se sabe.
O que sabemos é que ambos se encontram nesse mundo,
nessa cidade.
Seus destinos foram celados e amarrados,
e como dados viciados,
foram jogados janela a fora.
Ela,
se preocupa com o agora.
Ele,
eterno sonhador se preocupa com o amanha.
.
Os dois?
Talvez jamais,
se encontrem novamente,
A única lembrança?
agora aquele vento do leste que toca a face dos dois,
levando aquele doce cheiro de cereja.
Por mim =3
corações partidos se transformam em poesia
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